Orientações de cuidados aos bebês
Assimetrias do crânio, torcicolo, escoliose, má digestão, irritabilidade, insônia etc.
1. AMAMENTAÇÃO
A amamentação revezando os dois peitos, é fundamental para equilíbrio, fortalecimento e desenvolvimento da região de mandíbula-língua-cervical e músculos da deglutição. (A mamadeira não tem o mesmo efeito).
Quanto mais meses mamando no peito, mais benefícios. A mãe deve amamentar estando tranquila, e aproveitar o momento energético com o bebê, prestando atenção nele. Cada vez que o bebê olha para a mãe, ele vai ajustando a visão e se sentindo cada vez mais tranquilo e confiante. Para um leite materno saudável a mãe deve evitar medicações ou toxinas (V) e ter uma alimentação saudável e boa hidratação.
2. CUIDADOS COM O CRÂNIO E COLUNA DO BEBÊ:
Grande parte dos ossos do crânio do bebê é composta de cartilagem, havendo maturação óssea no decorrer dos meses e anos. Até um ano de idade o crânio é bem maleável e passivo de deformidades por impacto (trauma), por pressão prolongada devido ao decúbito, ou por pressões na fase final da gestação e parto.
Para evitar deformidades no crânio dos bebês é fundamental que nos primeiros meses de vida, a criança quando deitada de barriga para cima fique sobre superfície bem macia, confortável e com inclinação antirefluxo, estando livre para rodar a cabeça para os dois lados ou conforme orientação do osteopata pediatra no caso de assimetria de cabeça.
Recomenda-se o uso de "travesseiro com furo anti cabeça chata" (figura 1) até os 7 meses de idade. O bebê também pode ficar deitado de lado por alguns minutos, mas não deve ficar deitado de barriga para baixo para evitar deformidade dos ossos da face e mandíbula. O "travesseiro com furo" também deve ser usado no carrinho e no bebê conforto".
Obs: O posicionamento deitado de ajuste da cabeça para plagiocefalia, varia a angulação conforme cada caso, devendo seguir as orientações do osteopata até que a cabeça se normalize.
O tempo prolongado sobre o braço dos pais, avós e cuidadores também não é saudável, podendo facilitar pressões excessivas aos ossos do bebê (crânio, coluna, pelve). Então deve-se revezar as posições sobre o colo/braço de apoio. É muito comum os adultos posicionarem os bebês e crianças sentados sobre o mesmo braço, com isso as tensões musculares e tecido ósseo-cartilaginoso se ajustarão seguindo a postura escoliótica mais usual.
Sem orientação, tais alterações ósseas e musculares serão percebidas pelos pais após o agravamento e crescimento no decorrer dos anos, no entanto o profissional osteopata já pode notar e tratar precocemente. As deformidades do crânio e face podem ter tratamento osteopático efetivo se iniciado até os 4 meses (melhora de 90 a 100% para a maioria dos casos), melhora moderada se iniciar o tratamento até os 6 (7) meses.
Com mais de 7 meses é necessário o tratamento osteopático para coluna cervical e crânio e ainda mais o uso de capacete corretor. O capacete ajuda na correção do crânio, porém não resolve as tensões da coluna cervical; por isto é fundamental o tratamento osteopático para flexibilizar o crânio e normalizar o torcicolo e escoliose de coluna nos primeiros meses de vida.
Obs: Muitas disfunções e doenças da criança são geradas quando os pais estão estressados, somado a falta de atenção e afeto. Além disso os pais devem estar atentos quanto a problemas de oclusão (mordida cruzada), postura inadequada para sentar (pernas e coluna), mobilidade da coluna e dos membros ao caminhar e correr, mobilidade de rotação e inclinação do pescoço.
Se caso a criança não conseguir rodar bem a cabeça para um dos lados ou houver alteração da postura de cabeça-pescoço, provavelmente ela estará com torcicolo congênito. Esta patologia deve ser tratada precocemente pela "osteopatia pediátrica", para evitar cirurgias de pescoço e de escoliose. A falta de tratamento levará a deformidades ou comprometimento de coluna e crânio com repercussão nos olhos, oclusão e órgãos.
3. DESENVOLVIMENTO MOTOR:
Interferências comuns no desenvolvimento motor:
1.Disfunções-tensões em base de crânio e coluna cervical interferem nas fases do desenvolvimento motor, (geralmente o bebê já nasce com tais tensões, que devem ser tratadas nos primeiros meses de vida);
2.Bebês que recebem pouco estímulo.
É IMPORTANTE QUE O BEBÊ SIGA A SEQUÊNCIA DO DESENVOLVIMENTO MOTOR (1 a 12 meses: vide imagens)
Quando o bebê tem atraso, geralmente é por alguma disfunção que pode ser resolvida com o tratamento osteopático e estímulos fisioterapêuticos para as posturas e movimentos.
Alerta: Se o bebê ainda não senta sozinho e/ou não engatinha bem, então não se deve estimula-lo a ficar em pé, pois os músculos e articulações do membro inferior ainda não estão prontos, e assim pode entortar as pernas.