Osteopatia pediátrica
TRATAMENTO OSTEOPÁTICO PARA BEBÊS: DISFUNÇÕES DE CRÂNIO, COLUNA, ÓRGÃOS (vísceras) e MEMBROS.
O Dr. Rafael Stelle é pós-graduado em osteopatia pela Escuela de Osteopatía de Madrid, também habilitado na área de pediatria e métodos na área psicossomática (vide CURRÍCULO).
Indicações mais frequentes:
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Torcicolo congênito;
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Assimetria de crânio e face (plagiocefalia, braquicelalia, escoliose de crânio-face, etc);
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Má digestão, incluindo refluxo gastroesofágio, cólicas intestinais, constipação, disquesia;
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Subluxação de ombro-clavícula ou quadril;
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Desnutrição ("bebê não quer mamar");
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Pneumonia;
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Atraso no desenvolvimento motor;
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Tratamento na face gestacional (tratamento para gestante).
Mais indicações no decorrer deste texto
ASSIMETRIA CRANIANA: PLAGIOCEFALIA benigna moderada: ANTES e DEPOIS
Bebê com 3 meses e 3 semanas, tinha plagiocefalia posicional benigna do lado direito associado a torcicolo congênito leve.
Melhorou em quase 100% no formato da cabeça (foto 3), assim como do movimento do pescoço. O tratamento foi completo e eficaz graças a colaboração da mãe e da avó para com os devidos cuidados de posicionamento da cabeça e pescoço ao deitar o bebê. O paciente foi atendido pelo Dr. Stelle em 2014, e o tratamento durou 3 meses.
ASSIMETRIA CRANIANA leve: ANTES e DEPOIS
Bebê com discreta alteração no formato de cabeça, realizou o total de 6 sessões em 5 meses. Pode se observar melhora significativa na vista de frente e de perfil.
O paciente foi atendido em 2009 e o Dr. Stelle realizou tratamento em crânio, coluna, ombro e vísceras.
ÍNDICE DO TEXTO:
1. INTRODUÇÃO:
2. INDICAÇÕES (Sinais e sintomas):
3. EXAME E TRATAMENTO PREVENTIVO OU PRECOCE:
4. CAUSA COMUM DOS PROBLEMAS:
5. O MOVIMENTO CRANIANO / OSTEOPATIA CRANIANA:
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. INTRODUÇÃO - Tratamento Osteopático Pediátrico - Número de sessões - Objetivo do tratamento:
Em alguns países da Europa, como Suécia e França, é comum que as crianças recém-nascidas sejam avaliadas tanto pelo médico pediatra como pelo osteopata pediatra. Na Espanha, no Brasil e outros países este trabalho aos poucos vem se tornando reconhecido pela população, principalmente por parte das mães que percebem alguns sinais e sintomas no recém-nascido e buscam como recurso natural o Tratamento Osteopático Pediátrico para normalização ou inibição das disfunções somáticas do sistemas musculoesquelético, craniossacral e visceral. Se for tratado logo no início dos sinais e sintomas, geralmente com 1 a 3 sessões se normaliza o quadro disfuncional, no entanto conforme o problema e a cronicidade pode ampliar um pouco m número de sessões. O tratamento envolve o diagnóstico, técnicas manipulativas e orientações de condutas que os pais da criança devem seguir conforme cada caso.
O OBJETIVO do osteopata é buscar através de exame físico e correlações anatomofisiológicas o local relacionado a origem do problema, e sequencialmente técnicas de manipulações ou mobilizações rítmicas e/ou mantidas para melhorar o movimento das regiões comprometidas. Essas técnicas proporcionam flexibilidade tecidual, estímulo neurovascular e tônus muscular para que o organismo do bebê desperte o processo de auto-cura (homeostase).
As técnicas cranianas proporcionam flexibilidade para as estruturas do crânio se desenvolverem, para melhorar o fluxo de transmissão neural para os órgãos (ex. nervo vago), para melhorar o fluxo circulatório do encéfalo.
As técnicas para as disfunções vertebrais e miofasciais proporcionam flexibilidade local e normalização da transmissão neural dos nervos relacionados para músculos e órgãos. As técnicas são rítmicas e sem movimento rápido.
As técnicas viscerais melhoram a mobilidade e motilidade visceral e também melhora da circulação-nutrição para os órgãos, ajudando na digestão e redução do desconforto ou dor.
NOTA: Nos bebês e crianças com menos de 4 anos NÃO são usadas manipulações com impulso rápido - estalo articular, e com mais de 4 anos de idade apenas quando houver necessidade, ou seja, conforme o tipo de disfunção-lesão articular.
Conforme o caso o Dr. Rafael Stelle complementa o tratamento com os métodos da Reprogramação Biológica ou Leitura de Cérebro, e ainda orientações para os devidos cuidados no dia-dia (ex. posicionamentos e exercícios para manter a mobilidade músculo-articular ou visceral, entre outras orientações).
2. INDICAÇÕES: Entre os sinais e sintomas mais frequentes que aparecem para o tratamento osteopático estão:
- Má digestão: dificuldade para deglutir, refluxo gastroesofágico, digestão lenta, dificuldade para evacuar (disquesia), cólicas intestinais;
- Irritabilidade e insônia por dor ou desconforto e disfunções neurovasculares;
- Dificuldade respiratório: disfunção respiratória simples, asma, broncopneumonia;
- Obstrução ou entupimento do canal lacrimal: secreção e líquido acumulado em um dos olhos por obstrução do canal de drenagem lacrimal);
- Otite média: Dor e inflamação recorrente no ouvido por disfunção da tuba auditiva ou em osso temporal (auxiliar ao tratamento médico otorrinolaringologista).
- Torcicolo congênito: Alteração postural com limitação de alguns movimentos na coluna cervical, podendo gerar escoliose na coluna e alteração assimétrica do crânio;
- Escoliose: Alteração postural com desvio em inclinação e rotação da coluna;
- Desalinhamento dos olhos: estrabismo e hipoconvergência ocular. Em alguns casos deve ser associado ao tratamento oftalmológico com tampão em um dos olhos. Este problema geralmente está associado com disfunções craniana e cervical que também devem ser tratadas;
- Assimetrias do crânio benígnas (plagiocefalia, braquicefalia, escafalocefalia etc): podem ser decorrentes de problema local ou primariamente disfunções no pescoço;
- Desvio da mandíbula ao abrir a boca: quando o bebê chora nota-se que a boca desvia para um dos lados, indicando um problema da musculatura das articulações temporomandibulares (ATMs). Problema que pode estar relacionado à disfunções craniana e cervical; Se o problema não for tratado precocemente haverá disfunção de oclusão com assimetria da mandíbula (um lado maior que o outro) e de outros ossos da face. Isto também pode causar escoliose na coluna devido as relações neurais e miofasciais.
- Dor por lesão de ombro (disfunção de clavícula, cervical e primeira costela);
- Dor por subluxação, luxação ou má formação da coxofemoral;
- Febrícula recorrente;
- Atraso no desenvolvimento motor e cognitivo;
- Falta de equilíbrio para engatinhar, andar ou correr;
O tratamento pode ser iniciado na GESTANTE para garantir o maior conforto físico e também melhores condições para o trabalho de parto natural.
3. EXAME E TRATAMENTO PREVENTIVO E NO ÍNCIO DA DISFUNÇÃO OU DA DOENÇA:
O osteopata verifica se há ou não disfunções na coluna, membros, vísceras e crânio. O exame osteopático logo nas primeiras semanas de vida do recém-nascido pode ser preventivo, pois o osteopata irá perceber pequenas limitações de movimentos (disfunções) e já pode tratar na primeira sessão, seguido de orientações para a mãe seguir com o bebê (Ex. posicionamentos e exercícios). E quando necessário sugerir mais uma ou outra sessão ou até outros exames caso note um problema maior, como má formação da coluna, quadril e crânio. No caso do último se o osteopata notar que os ossos do crânio não tem mobilidade nas suturas e abaulamento da moleira, pode haver a necessidade de encaminhamento para um neurologista cirurgião pediátrico, para verificar se há doença de craniossinostose (cranioestenose: fechamento precoce das suturas do crânio), onde o tratamento é cirúrgico.
QUANTO MAIS MESES DE VIDA, MAIS DIFÍCIL FICA PARA TRATAR HAVERÁ RESULTADOS MENOS SATISFATÓRIOS.
OBS: A assimetria do crânio ou o torcicolo NÃO MELHORAM SOMENTE COM O TEMPO ou com a idade, e sim se houver o tratamento e as orientações corretas. Alguns casos exigirá um maior número de sessões e também cuidados de diárias por parte dos pais, como posicionamento, massageamento e alongamentos caseiros.
O osteopata pediatra pode notar disfunções logo nas primeiras semanas de vida e assim dar início ao tratamento, muitas vezes 1 a 3 sessões, seguido de orientações e cuidados para os pais tomarem com os bebês. No entanto é comum que o paciente chegue quando o problema já está mais tempo instalado, geralmente aparecendo no consultório a partir do quarto ou quinto mês ou mais, ou seja, há 4 ou 5 meses do início dos sinais e/ou sintomas. O número de sessões irá variar conforme o caso, conforme as disfunções presentes.
Exemplo nos tecidos miofaciais e ósseos: Quanto mais tarde na busca do tratamento maior será deformidade e complicações. Os tecidos cartilaginosos ficam mais densos e vão se transformando em tecido ósseo. Os músculos e fáscias ficam mais rígidos, mais encurtadas e até fibrosados, e aos poucos a limitação de movimento vai piorando e a escoliose vai se tornando cada vez mais evidente. Por exemplo, um problema que começou na região do pescoço (torcicolo congênito) pode facilitar a escoliose em toda a coluna e também a deformidade do crânio (ex. plagiocefalia e braquicefalia). Geralmente a mãe ou avó do bebê percebem e comentam com o médico pediatra, este pode não dar atenção ao caso ou equivocadamente "diz que vai melhorar com o tempo". Porém o bebê que inicialmente tinha apenas um torcicolo leve deveria receber tratamento precoce na coluna cervical e na base do crânio, para evitar piora da alteração postural e limitação do movimento, que por consequência facilita a deformidade ou achatamento do parte posterior do crânio, ficando mais evidente entre o 2 e 5 mês de vida. A limitação do movimento de rotação e inclinação cervical e o longo tempo na mesma posição deitado proporcionará o achatamento posterior do crânio e outras deformidades do cabeça. Ao longo dos meses aumentará a resistência dos tecidos ósseos e miofasciais, que dificultará mais o processo de correção. Casos mais complicados podem ser necessário a associação do tratamento com capacete e colar cervical.
Exemplo nos tecidos viscerais: as tensões inadequadas da musculatura lisa, principalmente dos esfíncteres e válvula ileocecal podem cronificar, facilitando a má absorção de nutrientes, déficit de desenvolvimento, baixa da imunidade, problemas respiratórios recorrentes, insônia etc.
4. CAUSA COMUM DOS PROBLEMAS: DISFUNÇÕES E ESTRESSE
O bebê nascido tanto por parto normal quanto cesariana podem apresentar tensões entre o crânio e pescoço, pois tem o fator da má acomodação intrauterina nas últimas semanas de gestação (imagem 1: posição fetal), alguns músculos que estão estirados e comprimidos recebem uma má vascularização, podendo também ser agravado por um gatilho de estresse inesperado (adrenalina) que a gestante pode sofrer e automaticamente passar ao bebê, que assim recebe o estímulo e não tem como se movimentar na região extremamente apertada. Esta mesma carga de adrenalina e energia emocional repassada para ao bebê, afeta a transmissão neural e pode gerar pontos de tensão muscular, arterial e visceral (pontos gatilhos em músculo, espasmos arteriais e viscerais). (imagens 2 e 3). Estes podem ser tratados pela osteopatia, ou também associados a outros métodos.
FIGURA 1: Exemplos de posicionamento fetal
Figura 2: Espasmo do piloro: Má digestão, azia, refluxo e cólicas: Procedimento recomendado: técnicas para nervos autônomos e para estômago e duodeno.
FIGURA 3: Espasmo e invaginação da válvula íleocecal (encontro dos intestinos delgado e grosso): Má digestão e cólicas. Procedimento recomendado: técnicas para nervos autônomos e intestinos.
No caso de parto "normal" com intercorrências (no trabalho de parto prolongado, auxílio de fórceps ou ventosa) podem facilitar disfunções craniocervicais, mas geralmente podem ser tratadas com maior facilidade nas primeiras semanas ou até o quarto mês de vida. Depois deste período é necessário um número maior de sessões.
O tratamento da assimetria do crânio, como escoliose craniana, plagiocefalia, braquicelafia etc. (ver fotos a seguir), deve ser realizado nos primeiros meses de vida, preferencialmente antes dos 8 meses de idade. Quanto mais precoce o tratamento, maiores são a chances de normalização da estética de crânio e face, e da postura cervical. A plagiocefalia, que é o achatamento posterior do crânio, geralmente desenvolve até os 4 meses de vida, tendo causa comum o excesso do posicionamento deitado de barriga para cima em colchão pouco macio e/ou secundariamente ao torcicolo congênito ou a uma disfunção cervical comum, proveniente de disfunção neurovascular associado à postura torcida e compressão das últimas semanas gestacionais. Nestas disfunções ocorre uma limitação da rotação-inclinação do pescoço para um dos lados ou para ambos os lados. Desta forma a parte posterior do crânio não terá revezamento das pressões e assim ocorrerá o aparecimento do achatamento entre o primeiro e quarto mês de vida (lei de Wolff).
O movimento craniano: A capacidade de micro-movimento dos ossos do crânio (suturas) mesmo em adultos foi pesquisado e descrito primeiramente em 1939 pelo osteopata americano William Sutherland. A partir daí surgiram numerosas provas científicas que demonstram que o micro-movimento fisiológico responde em um ritmo de flexão–extensão dos ossos do crânio e com o osso sacro (coluna), que pode ser reduzido e perturbado quando ocorre uma disfunção das articulações do crânio (suturas), da coluna, da respiração costo-diafragmática, cadeias miofascias e algumas doenças. De maneira induzida por um osteopata, agindo com até 500 gramas de força manual nos determinados movimentos interósseos, a capacidade de movimento em uma sutura craniana pode chegar em aproximadamente 1 mm de abertura em um adolescente e até 2 mm em um bebê. No caso dos bebês, quando restaurada a mobilidade entre os ossos do crânio, o desenvolvimento da caixa craniana e face retomam ao desenvolvimento normal e no decorrer do tempo a estética da cabeça melhora, isto inclui a estética dos olhos, nariz e oclusão.
As disfunções somáticas geram alteração de estímulo neural da região e tensões de algumas fáscias e músculos que facilitam edema ou inflamação nos forames de passagem dos nervos cranianos e periféricos facilitando disfunção e patologia nos órgãos relacionados (ex. olhos, nariz, boca, língua, órgãos da digestão etc). As crianças vindas de mães com insegurança para o parto ou conflitos emocionais durante a gestação e/ou má nutrição, tem maior propensão para disfunções ou doenças, sendo comum tensões e mau funcionamento dos órgãos.
OUTRAS CAUSAS:
- Traumatismos decorrentes de quedas e outros acidentes
- Nutricional
- Genético/epigenético: Os estudos da epigenética descrevem que é possível melhorar a aptidão física e mental melhorando a condição de saúde dentro dos fatores que são possíveis de serem trabalhados. Nos dias atuais existem inúmeros recurso para melhorar a saúde, mesmo tento um problema genético, o qual pode não ser curado por completo mas pode ser tratável, proporcionando ótimas condições de saúde e funcionalidade para a vida. (Bruce Lipton - biologia da crença, 2005).
- Intoxicações podem interferir na epigética facilitando ou adiantando doenças (Bruce Lipton - biologia da crença, 2005).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
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8. NEWIGER, C.; BEINBORN, B. Osteopatía así ayuda a tu hijo. Paidotribo: Barcelona, 2002.
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